Crítica - Wind Chill (2007)

Realizado por Gregory Jacobs
Com Emily Blunt, Ashton Holmes, Martin Donovan, Ned Bellamy

A violência exacerbada não é uma característica muito comum nos filmes sobrenaturais, nos quais os fantasmas são os piores intervenientes, assim sendo, filmes sobre fantasmas são a escolha mais simples e óbvia para quem procura terror que não passe por violentos e sombrios, mas possíveis, homicídios. “Wind Chill” é um filme sobre o sobrenatural mas não é um filme realmente assustador ou violento, não é, por isso, aconselhável a qualquer amante do verdadeiro terror hollywoodiano, no entanto, não deixa de ser uma obra razoavelmente interessante, tendo em conta o seu reduzido orçamento e a simplicidade do seu enredo. A sua história é ambientada no Inverno/Natal e é iniciada quando uma universitária (Emily Blunt), ansiosa por chegar a sua casa, aceita boleia de um misterioso e desconhecido adolescente (Ashton Holmes) que, numa tentativa de a impressionar, decide encurtar caminho por uma inóspita estrada secundária, no entanto, o seu carro sai “acidentalmente” da estrada e acaba por ficar atolado num enorme monte de neve. O isolacionismo da estrada/localidade e a iminência de uma enorme tempestade levam estes universitários a tentarem sobreviver sozinhos, no entanto, vários acontecimentos sobrenaturais vão diminuir drasticamente as suas hipóteses de sobrevivência.
O título do filme,” Wind Chill”, deriva do índice cientifico referente à sensação de arrefecimento causada pelo efeito conjunto da velocidade do vento com os valores baixos da temperatura do ar, um titulo claramente apropriado tendo em conta que a sua história é ambientada no interior dos Estados Unidos da América durante o Inverno, uma zona onde os ventos fortes e o frio polar são uma constante e estas condições climátericas adversas vão desempenhar uma função muito importante ao longo do filme. A sua narrativa não se desenvolve a um ritmo muito acelerado, existindo inclusivamente vários momentos monótonos, no entanto, durante essas cenas monótonas existem vários momentos de comunicação muito interessantes e estes são absolutamente essenciais para compreendermos melhor a dinâmica e a evolução da relação que se vai estabelecendo entre as personagens de Emily Blunt e de Ashton Holmes bem como as suas intenções/motivações individuais. O grande interesse de “Wind Chill” é mesmo o desenvolvimento dos seus intervenientes e da sua estranha conexão porque a sua vertente fantasmagórica/terrorífica só se torna verdadeiramente relevante nos últimos momentos do filme e mesmo na conclusão não se torna muito tensa ou assustadora. A realização de Gregory Jacobs é razoável e o trabalho do seu elenco também é bom, Emily Blunt tem claramente a melhor performance mas Ashton Holmes também nos oferece uma interpretação positiva. Em suma, “Wind Chill” não é o melhor filme de terror de todos os tempos ou até dos últimos anos, muito pelo contrário, no entanto, é uma obra satisfatória que deverá oferecer aos espectadores um entretenimento razoável.

Classificação – 3 Estrelas Em 5

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