Crítica - Immortals (2011)

Realizado por Tarsem Singh
Com Henry Cavill, Mickey Rourke, John Hurt, Freida Pinto

Os exuberantes mitos da Grécia Antiga voltam a ser abordados e destroçados no cinema por “Immortals”, um sofrível blockbuster norte-americano que, tal como “Clash of The Titans” (2010), oferece-nos uma história frívola e emocionalmente inerte, onde as lutas e batalhas entre Humanos e Deuses assumem-se como o seu único elemento de interesse. A história desta obra de Tarsem Singh desenrola-se num universo de fantasia e centra-se em Theseus (Henry Cavill), um mero mortal que foi escolhido e treinado por Zeus para liderar a luta contra o Rei Hyperion (Mickey Rourke), um homem extremamente cruel que inicia uma caótica demanda militar por toda a Grécia, na tentativa de encontrar uma arma divina com que possa libertar os Titãs e destruir a Humanidade e os Deuses. Caberá a Theseus salvar a Grécia e vingar a morte de todas as vítimas do maléfico tirano.


Já se sabia que a sua história nunca ia ser envolvente ou imensamente criativa, mas esperava-se que os vários erros narrativos de “300” (2006) ou de “Clash of The Titans ”(2010) tivessem motivado os guionistas desta obra a criarem uma narrativa minimamente diferente e interessante, no entanto, nada disto aconteceu e somos novamente confrontados com um enredo sem substância que se limita a contextualizar as várias batalhas que advêm de uma rivalidade titânica, mas emocionalmente artificial, entre um herói (Theseus) e um vilão (Hyperion). À semelhança de “Clash of The Titans”, “Immortals” também não deu muita atenção aos Deuses que são, uma vez mais, encarados como intervenientes meramente secundários que pouco interferem no desenrolar da acção. À sua falta de inovação e de entusiasmo, temos também que juntar a desnecessária inclusão de uma vertente romântica que assenta no clássico romance entre o herói e a escrava. A sua conclusão tem um certo valor porque contém uma ou outra reviravolta interessante, mas o que salta mais à vista é a clara antevisão de uma continuação.


O único trunfo de “Immortals” reside nas suas caóticas batalhas, que o dominam do inicio ao fim. É claro que nem todos os confrontos são chamativos, mas a maioria foi habilmente coordenada por Tarsem Singh, um cineasta sem muita experiência em filmes de acção/ aventura que, mesmo assim, soube utilizar os melhores e os mais refinados efeitos visuais para tornar estas batalhas no elemento mais excitante e cativante desta obra, onde também somos confrontados com cenários clássicos muito atraentes que derivam de uma utilização astuta e cuidada do CGI. O seu elenco tem muitos actores conhecidos, mas infelizmente todos eles têm uma performance meramente acessória. É óbvio que Henry Cavill destaca-se dos restantes actores devido à relevância de Theseus, mas não tem, mesmo assim, um trabalho minimamente memorável. Mickey Rourke também não brilha e não deu, neste caso concreto, um bom vilão. Freida Pinto, Luke Evans e Kellan Lutz conferem estatuto ao elenco, mas a verdade é que raramente aparecem em cena. É evidente que “Immortals” não é uma obra de excelência, mas deverá oferecer uma boa e barulhenta dose de entretenimento a quem aprecie filmes onde só os efeitos visuais e as cenas de acção saltam à vista.

Classificação - 2 Estrelas Em 5

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6 Comentários

  1. Tô contigo! Achei sofrível esse filme, valendo só a introdução e a última cena. O ator que interpreta Teseu tem cara do Superman mesmo, não tem como encarar um guerreiro, foi lamentável a atuação. A hora que eles estão no topo de um monte decidindo para onde ir, ele decide e fala com o texto decorado digno de um ator de malhação. Quantidade de sangue foi mediana... tá difícil fazer uma mitologia que agrade de verdade, e olha que fúria de titãs 2 vem aí!

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  2. voçês devem ter problemas visuais,ou não entendem mesmo nada de cinema,eu trabalho nesta area e sei dizer que não só os actores fizeram um trabalho incrivel como todo o filme é do melhor que já se viu em mitologia.

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  3. acabei de assistir o filme agora e achei incrivel... tanto a historia, quanto o enredo e o efeitos. parece que vai sair o 2, pelo menos o final deu essa brecha... de qualquer jeito tanto furia de titas quanto immortals sao uma otima escolha. é filme de acao e nao de drama. se quer drama com acao assista crepusculo e nao filmes da grecia antiga sobre guerras entre deuses e a humanidade.

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  4. alguem falo de filme de drama seu retardado? esse filme só tem efeitos especiais, tirando isso é um lixo, a história não condiz nada com a mitologia, eu achando que seria um filme bom, boms são filmes epicos como Gladiador, Coraçao Valente, Excalibur, entre outros, até 300 é infitamente melhor que esse lixo

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  5. pra falar a verdade um filme em que os titans parecem humanos onde zeus,porsendon,não se parecem e ades cade ele no filme olha assistam furia de titãs 2 ai vocês iram ver o que são titans e o que mitologia grega.

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  6. O filme é mediano, tem falhas típicas do cinema atual, uma urgência sem igual, se não vejamos:

    1)Como as virgens chegaram no oasis?
    2)Como eles atravessaram um deserto de sal e chegaram numa cidade portuária?
    3)No começo é dito que o exército do Hyperion ia passar pela vila de Teseu, mas vimos que o destino final (o monte Tartarus) ficava do lado oposto.

    4)Apesar de ter gostado da adaptação para o minotauro, como é que o minotauro foi parar no labirinto sem ninguem ver?

    5)Como é que Teseu chegou aos portões da cidade do monte, se o exército do Hyperion estava agrupado na frente?



    Essas inconsistências tiraram pontos do filme, mas as lutas são bem marcadas, o que garante a diversão.

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