Crítica - Kung Fu Panda 2 (2011)

Realizado por Jennifer Yuh
Com Jack Black, Angelina Jolie, Jackie Chan, Gary Oldman

As sequelas que a DreamWorks Animation ofereceu a dois dos seus maiores sucessos comerciais, “Shrek” e “Madagascar”, ficaram um pouco aquém das expectativas do público e da crítica internacional, mas quer o público quer a critica ficaram extremamente satisfeitos com este “Kung Fu Panda 2”, de Jennifer Yuh, uma sequela que é visualmente e narrativamente mais cativante que o seu antecessor - “Kung Fu Panda” (2008) de Mark Osborne e John Stevenson. A história deste “Kung Fu Panda 2” volta a centrar-se em Po (Jack Black) e nos Furious Five que, mais uma vez, iniciam uma destemida cruzada contra um formidável mas terrorífico vilão, Lord Shen (Gary Oldman), que planeia usar uma inovadora e sofisticada arma para dominar a China e destruir todas as artes marciais que Po e os Furious Five tanto adoram.


O enredo de “Kung Fu Panda 2” utiliza uma fórmula narrativa muito semelhante à do seu ilustre antecessor e volta a nos oferecer uma vertente melodramática que, desta vez, se centra na misteriosa infância do heróico mas desastrado Po, uma vertente escassa mas extremamente interessante que acaba por acrescentar um pouco de comoção/emoção a um filme que é claramente dominado pelas hilariantes cenas humorísticas e pelos entusiásticos confrontos físicos entre os valentes heróis (Po e os Furious Five) e os astutos vilões (Lord Shen e os Lobos), confrontos esses que são inócuos e fantasiosos mas que se assumem, mesmo assim, como um dos melhores elementos desta obra familiar que foi feito a pensar num público mais novo e inocente.


O trabalho realizado por Mark Osborne e John Stevenson em “Kung Fu Panda” (2008) foi extremamente satisfatório, mas o trabalho directivo da rookie Jennifer Yuh em “Kung Fu Panda 2” é ainda mais satisfatório. Yuh refinou a vertente visual utilizada em “Kung Fu Panda”, tornando-a mais realista e mais colorida, mas também incutiu um maior dinamismo e uma maior vivacidade às várias cenas de acção que pautam este “Kung Fu Panda 2” e que são mais cativantes que aquelas que Osborne e Stevenson criaram para o seu antecessor. Yuh também utilizou várias técnicas animadas para ambientar os vários flashbacks do filme e para nos contar a história de vida do maléfico Lord Shen, uma variedade técnica que acaba por valorizar ainda mais a vertente visual desta obra que aproveita ao máximo o 3D.


O elenco vocal de “Kung Fu Panda 2” é praticamente idêntico ao de “Kung Fu Panda” e o seu nível colectivo também é muito semelhante. Jack Black volta a estar muito bem como Po, e os actores que emprestam as suas vozes ao Mestre Shifu e aos Furious Five também mantêm o nível exibido no primeiro filme. A única verdadeira novidade do elenco vocal é Gary Oldman, que está absolutamente fantástico como o malévolo Lord Shen, um vilão que é muito mais interessante e sombrio que o temível Tai Lung de “Kung Fu Panda”. A DreamWorks Animation perdeu os últimos quatro Óscares de Melhor Filme Animado para a Pixar/Disney, mas 2011 poderá ser o ano deste famoso estúdio que, com este fantástico “Kung Fu Panda 2”, poderá vencer “Cars 2” da Pixar/Disney e “Rio” da Blue Sky Studios na corrida ao Óscar.


Classificação – 4 Estrelas Em 5

Enviar um comentário

1 Comentários

//]]>