Crítica - Chloe (2009)


Realizado por Atom Egoyan
Com Julianne Moore, Liam Neeson, Amanda Seyfried, Max Thieriot

Os famosos e aclamados “Dressed to Kill” (1980), “Fatal Attraction” (1987) e “Basic Instinct” (1992) são claramente os melhores exemplos de thrillers eróticos que conquistaram o público com o seu misterioso e sensual enredo, no entanto, este “Chloe” de Atom Egoyan também se assume como um thriller erótico a ter em conta até porque nos oferece uma narrativa irrepreensível e imprevisível que é brilhantemente interpretada por um elenco de luxo. A sua história é centrada em Catherine e David Stewart (Julianne Moore e Liam Neeson), um casal que pertence à alta sociedade norte-americana e que tem um casamento que à superfície é perfeito e verdadeiramente exemplar, no entanto, Catherine suspeita que David a anda a trair com várias mulheres mais novas, assim sendo, contrata a sedutora e atraente Chloe (Amanda Seyfried) para o seduzir e para confirmar os seus maiores receios, no entanto, este seu arriscado plano acaba por não correr como o planeado.


O nível narrativo de “Dressed to Kill” (1980) ou “Fatal Attraction” (1987) é claramente superior ao deste cativante “Chloe”, um remake norte-americano de “Nathalie” (2004), de Anne Fontaine, que acaba por nos oferecer um enredo razoavelmente atractivo que utiliza o sexo como um atributo narrativo e não como um atributo comercial, no entanto, este não é o seu melhor elemento porque este estatuto pertence claramente ao elaborado e controverso relacionamento central entre Catherine e Chloe, uma relação extremamente tensa e obsessiva com contornos eróticos e catastróficos que é habilmente desenvolvido por Atom Egoyan. Os conturbados relacionamentos entre Catherine e David (Marido e Mulher) ou entre Catherine e Michael (Mãe e Filho) também são alvo de um desenvolvimento narrativo muito interessante que os aproveita para desenvolver várias temáticas familiares, como o distanciamento entre marido e mulher ou o isolacionamento dos filhos. O elenco de “Chloe” é dominado por Julianne Moore, uma excelente actriz que nos oferece uma fantástica performance como Catherine, no entanto, não é a única actriz que brilha, porque Amanda Seyfried também nos convence como a instável e obsessiva Chloe. Liam Neeson e Max Thieriot também nos oferecem duas boas performances secundárias. Em suma, “Chloe” não é o melhor thriller erótico de sempre mas é claramente um filme que merece ser visto, porque qualquer pessoa que aprecie um bom thriller sobre obsessão.

Classificação – 3,5 Estrelas em 5

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