Crítica - Arthur et la Vengeance de Maltazard (2009)

Realizado por Luc Besson
Com Freddy Highmore, Mia Farrow, Robert Stanton

Este Arthur et la vengeance de Malatazard é a sequela de Arthur et les Minimoys (2006) do mesmo realizador e, como percebemos pelo final, o segundo filme de uma série que promete continuar. Ora esta ideia condenou logo à partida a obra, já de si arriscada por estrear no mesmo ano em que o mais avançado filme de animação feito até hoje veio a público. Dificilmente o espectador, e em particular os mais pequenos a quem o filme se destina, conseguem perceber o contexto da acção sem terem visto o filme anterior. Aqui Arthur, depois de findo o esperado décimo ciclo da lua, prepara-se para regressar ao mundo dos Minimeus e reencontrar a princesa Selenia, quando o seu pai decide antecipar o regresso a casa. Minutos antes da partida, Arthur recebe um grão de arroz com um pedido de ajuda que o obrigará, à revelia dos seus pais, de novo ao minúsculo e subterrâneo mundo dos gnomos, transformado ele próprio num deles. Não há qualquer explicação para o tempo e espaço da acção, a América rural dos anos 50, para estranhíssima presença de elementos de uma tribo africana no jardim da casa dos avós de Arthur nem mesmo para relação deste com as restantes personagens e com Selenia em particular.


Enquanto que, no primeiro filme da série, a acção se centra nesta mirabolante relação do mundo da superfície com o mundo subterrâneo e na ligaçao entre Arthur e Selenia, maravilhando-nos com a finura ternurenta do desenho das personagens animadas e na sua bem conseguida interacção com as personagens humanas, nesta segunda obra não há qualquer elemento novo que surpreenda o espectador, perdendo-se mesmo esse encanto original. O modo como o filme termina é também ele desastroso, prometendo adiar o final para o filme seguinte da série e deixando todos desiludidos por terem assistido durante uma hora e meia a uma narrativa que fica a meio sem qualquer razão de lógica interna para tal acontecer.
Arthur et la vengeance de Maltazard podia perfeitamente inaugurar uma série de episódios para TV na sequência do filme original mas, enquanto filme para cinema, não consegue apresentar uma estrutura interna nem uma história coerente que justifiquem a sua produção.

Classificação - 2 Estrelas Em 5
Escrito por Ana Campos

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