Crítica - Spread (2009)


Realizado por David Mackenzie
Com Ashton Kutcher, Anne Heche, Margarita Levieva

A popularidade de Ashton Kutcher é aproveitada ao máximo em “Spread”, uma monótona comédia romântica que nos apresenta uma descartável narrativa que ignora completamente todos os parâmetros sociais de decência e bom gosto. A história desta obra superficial é protagonizada por Nikki (Ashton Kutcher), um verdadeiro playboy norte-americano que leva uma vida luxuosa e sem preocupações que está habituado a utilizar todos os esquemas para seduzir mulheres ricas e solitárias, tirando proveito do seu charme para subir na vida de uma maneira muito pouco convencional. Um dia conhece Heather (Margarita Levieva), uma belíssima empregada de mesa que o conquista romanticamente mas que infelizmente também leva o mesmo estilo de vida que ele.

   

O relato invariavelmente simplificado da promiscuidade quotidiana do sector populacional mais elevado de Los Angeles, não é suficientemente forte para atribuir alguma qualidade à história amplamente previsível desta obra que também nos apresenta algumas personagens sem conteúdo e vários diálogos sem criatividade. David Mackenzie apostou numa direcção excessivamente sexual e impessoal que atribui demasiada importância às múltiplas cenas de sexo que ajudam a preencher o desenvolvimento do filme. A qualidade cinematográfica de “Spread” também é abalada pela péssima performance de Ashton Kutcher, uma personalidade artística que nos convence como modelo fotográfico, mas que nos desilude constantemente como actor profissional. As performances de Anne Heche e Margarita Levieva também não são muito agradáveis. A elevada carga sexual de “Spread” nunca é devidamente compensada ou disfarçada por elementos narrativos de natureza romântica ou humorística, algo que torna esta obra nitidamente superficial e descartável num grande espectáculo de sexualidade sem gosto ou classe.

Classificação – 1 Estrela Em 5

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