Crítica – Obsessed (2009)

Realizado por Steve Shill
Com Idris Elba, Beyoncé Knowles, Ali Larter

Obsessed é a história de uma mulher, Lisa (Ali Larter) que se introduz no emprego de Derek Charles (Idris Elba) por quem está apaixonada de forma doentia e que o persegue insanamente, apesar de ele a rejeitar liminarmente.
Encontramos aqui imensas inspirações de Fatal Attraction (1987) tanto no argumento, embora aqui as personagens não tenham qualquer envolvimento para além do que se passa no cérebro alucinado de Lisa, mas também nas suas formas de perseguição, nos esquemas que monta. Todos eles são absolutamente déjà vu. A mais clara inspiração de Fatal Attraction vem na recriação da aparente ressurreição de Glenn Close na famosa cena da banheira aqui apresentada noutro contexto.

Idris Elba e Ali Larter encarnam de forma convincente as suas personagens mas Beyoncé não consegue acompanhar o mesmo nível de desempenho a não ser na luta final, que deve mais aos duplos de que a ela própria. Esta luta final, a força feminina, a mulher que luta pela sua família é certamente um originalidade do filme que vem ao encontro de uma força extraordinária dadas às mulheres sem lhes retirar a feminilidade que tem surgido no cinema dos últimos anos, (assistimos a uma manifestação semelhante em Death proof de Tarantino). Força física e força emocional, como se os homens fossem incapazes de resolver certo tipo de situações.
A banda sonora de James Dooley é estimulante e acompanha bem o crescendum da tensão emocional. Os ambientes e a fotografia nada acrescentam à obra. No final ficamos com a sensação que todo o filme mais não é do que uma operação de marketing de Beyoncé.

Classificação - 2,5 Estrelas Em 5

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