Crítica - Filth and Wisdom (2008)

Crítica - Filth and Wisdom (2008)Realizado por Madonna 
Com Eugene Hutz, Vicky McClure, Holly Weston 

Madonna, uma das principais artistas musicais da actualidade, estreou-se na realização cinematográfica em 2008 com “Filth and Wisdom”, uma espécie de comédia dramática que nos apresenta uma história extremamente pobre que é interpretada por actores sem grande brilho e inexperientemente dirigida por Madonna. O insípido argumento centra-se em três amigos que dividem uma casa em Londres, cada um deles sonha com o estrelato. 
A.K. é um imigrante acabado de chegar da Ucrânia que se considera sábio e filósofo e anseia tornar-se uma estrela com a sua banda de punk cigano, e que vai subsistindo com as suas interpretações travestis para homens casados, Juliette sonha partir para África, numa missão humanitária, mas entretanto trabalha numa drogaria da zona, Holly é bailarina profissional e o seu grande sonho é dançar no Royal Ballet, mas por agora treina-se como "stripper" no Beechman's Exotic Gentleman's Club. A história é muito pouco ambiciosa e limita-se a acompanha sem grande brilho e qualidade, a rotina diária destas frágeis e desinteressantes personagens que lutam arduamente para cumprir todos os seus sonhos e ambições. A ideia original de introduzir alguma ambição e intelectualidade aos sectores do sexo ou da luxúria e às pessoas que os utilizam como rampa de lançamento para outras áreas mais dignas, poderia ter originado uma narrativa moderadamente interessante mas o argumento do filme não inspira qualquer originalidade ou complexidade, limitando-se a retratar a história das três personagens principais de uma forma extremamente banal e incoerente. A própria abordagem da fama e da ambição é completamente inconveniente e exagerada, algo que torna esta narrativa sobre a construção de sonhos e carreiras de sucesso, num autêntico festival de clichés e idealismos cinematográficos. 
Ao nível dos diálogos também encontramos vários problemas ligados à construção e transmissão de varias mensagens e informações essências para o desenvolvimento da história, a inutilidade e futilidade de vários diálogos e monólogos também prejudicam a narrativa. O talento de Madonna em outras áreas de entretenimento é inegável mas o seu trabalho de realização em “Filth and Wisdom” é desastroso e insuficiente. A inexperiência da célebre cantora é notória em diversas ocasiões, prejudicando claramente o conteúdo e qualidade do filme. O elenco é amplamente medíocre, sendo dominado pelas performances insuficientes dos três principais actores do filme (Eugene Hutz, Vicky McClure, Holly Weston) que raramente apresentam rasgos de criatividade. O estatuto de celebridade de Madonna inflacionou claramente o interesse do mercado em “Filth and Wisdom”, um filme demasiado fraco para estrear nas salas de cinema dos principais mercados cinematográficos do mundo. A crítica especializada não ficou convencida e o público internacional também o reprovou veemente.

Classificação – 1,5 Estrelas Em 5

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6 Comentários

  1. Concordo totalmente. Não há nada que se aproveite neste filme. O Ucraniano lembrou-me vagamente o Borat mas sem qualquer piada.

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  2. Não falando propriamente do filme, considero os Gogol Bordelo uma banda muito interessante e que rasga o convencionalismo. Seria interessante fazer menção a esse aspecto, a meu ver.

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  3. Já vi o filme. De facto não é uma obra-prima, mas não é um mau filme. E para estreia numa longa, não está nada mal.
    Já li críticas bem menos acutilantes a bem piores filmes.
    Esta crítica é uma auto-defesa do meio cinematográfico, à intrusão de debutantes vindos de outras formas de arte. Só e apenas. É igualmente uma colagem ás críticas vindas do exterior, que pressupõem um devir semelhante ao desta crítica.
    Enfim... se os críticos percebessem de filmes, provavelmente faziam-nos.

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  4. critica de merda.
    Críticos é sinonimo de realizador frustrado

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