Crítica - Forrest Gump (1994)

Realizado por Robert Zemeckis
Com Tom Hanks, Gary Sinise, Sally Field, Robin Wright

A nobre história fictícia de “Forrest Gump” comoveu e convenceu o público que se rendeu à magia amplamente genérica desta obra extremamente completa e apelativa que rapidamente conquistou o estatuto de obra-prima cinematográfica. A história desta aclamada produção centra-se nas peripécias de Forrest Gump (Tom Hanks), uma rapaz pouco inteligente mas extremamente atencioso que durante três décadas cavalgou pela história dos Estados Unidos da América, tendo participado em inúmeros eventos de grande importância e perigosidade que o tornaram num símbolo de esperança e inocência para um país socialmente devastado e vergado à incerteza política.


O cineasta Robert Zemeckis oferece-nos uma produção extremamente ampla que nos apresenta uma grande variedade de elementos narrativos de vários géneros cinematográficos que se vão misturando harmoniosamente durante a história. A acção é desenvolvida através de flashbacks que relatam a história de Forrest Gump paralelamente à história dos Estados Unidos da América. Os acontecimentos são narrados pela própria personagem principal que, numa demonstração da sua inocência, decide contar abertamente a sua história de vida aos diferentes transeuntes que esperam ansiosamente pelo autocarro numa paragem pouco movimentada. A história da personagem interliga-se constantemente com a história da sua nação, porque ele participou activamente em praticamente todos os grandes eventos sociais e políticos das três décadas em questão, tornando-se numa verdadeira celebridade norte-americana, algo que lhe passa completamente ao lado. Entre aventuras e polémicas sociais, Forrest Gump espalha a sua simpatia e simplicidade por vários quadrantes da sociedade mas, em última analise, a grande missão de Forrest Gump é encontrar Jenny Curran, o grande amor da sua vida. A narrativa desdobra-se em múltiplos planos dramáticos, mas a grande mensagem do filme acaba por estar ligada ao amor que todas as personagens sentem por Forrest e que Forrest sente por Jenny.



A parte técnica e superficial do filme é extremamente cuidadosa e pormenorizada. Ao longo da obra somos confrontados com inúmeros momentos de magia visual, que oferecem contextualidade e qualidade à história. Desde os múltiplos pormenores de montagem fotográfica e caracterização pessoal até aos grandes momentos de espectacularidade visual que cobrem os amplos cenários com energias vibrantes e contagiantes, “Forrest Gump” convence a mente e agrada ao olhar. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas reconheceu essa qualidade através da entrega do Óscar de Melhores Efeitos Especiais e Visuais. A banda sonora de Alan Silvestre também nos convence, porque apresenta múltiplas sonoridades equilibradas e emotivas que enaltecem os grandes momentos dramáticos da história.
O talentoso Tom Hanks é incontestavelmente o principal atractivo do elenco e um dos principais elementos de qualidade do filme. A sua performance é absolutamente soberba, não deixando ninguém indiferente à sua dedicação e capacidade artística. Os actores secundários também brilham e convencem, nomeadamente Sally Field e Gary Sinise que arrasam a todos os níveis. A magia simplista do argumento e os restantes elementos técnicos de qualidade transformaram este “Forrest Gump” num verdadeiro clássico cinematográfico que facilmente perdurará na história do cinema.

Classificação – 5 Estrelas Em 5

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1 Comentários

  1. Um filme excelente! O melhor do Tom Hanks.

    O roteirista de Forrest Gump é o mesmo de Benjamin Burton (Eric Roth). Me parace muito que ele repetiu a história.

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