Crítica - Huozhe / Viver (1994)


Realizado por Zhang Yimou
Com Gong Li, Ge You, Niu Ben,

“Huozhe” ou “Viver” em português foi um dos meus primeiros contactos com o cinema chinês, juntamente com “A Tríade de Xangai” também de Yimou e “Chungking Express” de Wong Kar-Wai. “Huozhe” é um épico esplendoroso e sublime do trajecto de um casal durante a vida inteira. De facto, o título do filme indica mesmo isso, viver a vida independentemente da nossa classe social, porque o que realmente interessa é viver, lutar por uma vida digna, sobreviver. “Huozhe” é um dos filmes mais perfeitos, mais simples e mais belos que já vi em toda a minha vida. A primeira vez que vi esta obra-prima fiquei completamente deslumbrado com o seu esplendor, com a sua magnitude. É um filme sobre a vida, a morte, o amor, o sacrifício, a dor, a redenção, o ser humano, a China e a sua Revolução Cultural. “Huozhe” é grande, é um retrato histórico de um país que aquando do aparecimento de Mao Tsé-Tung e da sua Revolução Cultural se transformou completamente. É um olhar sobre as diversas vidas no antes, durante e pós Revolução Cultural Chinesa, uma reflexão na sua doutrina e no seu efeito de causa. É uma história de um casal que de donos de terras vai acabar como simples cidadãos. Zhang Yimou apresenta-nos essas épocas discrepantes que a história da China possui, onde uma ideologia política modificou completamente os hábitos e costumes desse país. “Huozhe” é daqueles filmes que não se esquece, que se adquire um carinho especial por ele. É uma obra-prima sensível, sublime e magnífica.

Classificação - 5 Estrelas Em 5

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