Crítica - Closing The Ring (2007)

Realizado por Richard Attenborough
Com Shirley MacLaine, Christopher Plummer, Mischa Barton

Após oito anos de ausência, Richard Attenborough, um dos maiores cineastas britânicos do século XX, regressou aos grandes palcos cinematográficos com o drama “Closing The Ring”, uma obra que infelizmente não conseguiu corresponder às grandes expectativas criadas pelos amantes e profissionais da sétima arte. A desilusão generalizada condenou esta produção a uma fraca e tímida distribuição internacional, que encobriu o regresso do mítico cineasta britânico à actividade profissional que o celebrizou mundialmente.
No passado, Richard Attenborough brindou-nos com grandes obras cinematográficas como “Gandhi” ou “Chaplin” que, juntamente com outros filmes de culto, cativaram a atenção de milhares de espectadores e comprovaram o enorme talento e qualidade do cineasta. Essa virtuosa tendência não é acompanhada por “Closing The Ring”, que é largamente caracterizado por um argumento frágil e exageradamente emocional. A história do filme inicia-se em 1991 onde somos apresentados a Ethel Ann Roberts, uma mulher visivelmente deprimida que decide recordar a história do seu grande amor Teddy Gordon, que morreu durante a Segunda Guerra Mundial. A partir deste momento somos transportados até uma pequena vila norte-americana de 1941, onde uma jovem Ethel captura o coração de três amigos Teddy Gordon, Jack Etty e Chuck Harris. Mas Ethel só tem olhos para Teddy, um rapaz do campo com um rosto simpático e um sorriso deslumbrante. O crescente romance entre os dois é subitamente interrompido pelo ataque a Pearl Harbour, que provoca o envio de todos os rapazes da vila para a guerra. Depois de um casamento secreto, Teddy parte com o anel de Ethel para a batalha, onde perde a vida quando o seu B-17 se despenha na Irlanda do Norte. Esta história é paralelamente acompanhada por uma narrativa secundária que relata a saga dum homem que descobriu o malogrado anel nos destroços do avião e que prometeu devolve-lo à sua legítima dona.
O argumento desenvolve duas histórias objectivamente intrínsecas que se vão misturando entre flashbacks e flashforwards. Esta organização narrativa prejudica claramente a previsibilidade da obra, porque as principais ideias da história são reveladas no início do filme, originando assim um desenvolvimento espectável. No entanto, o maior problema deste argumento encontra-se na sua construção exageradamente melodramática, que parece recuperar os típicos dramas emocionais das novelas românticas. Esta aposta descredibiliza e populariza a vertente dramática de uma história que teria resultado melhor com um pouco mais de contenção emocional. O elenco secundário desta obra é composto por alguns profissionais de grande reputação e qualidade, como Shirley MacLaine, Christopher Plummer e Brenda Fricker que assumem performances individuais escassas mas de grande qualidade. A bela Mischa Barton também assume, sem grandes dificuldades, uma prestação correcta e interessante. O regresso de Richard Attenborough não correspondeu às expectativas criadas pelos amantes da sétima arte, mas pelo menos abriu a possibilidade deste mítico cineasta continuar em actividade e abraçar um novo projecto de maior qualidade e dimensão.

Classificação - 2 Estrelas Em 5

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1 Comentários

  1. a que pena que a crítica não gostou tanto

    eu sinceramente não conhecia, mas fiquei curioso, eu acho que vou gostar.

    até mais...

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