Crítica - The Strangers (2008)

Realizado por Bryan Bertino
Com Liv Tyler, Scott Speedman, Glenn Howerton

A grande maioria dos recentes filmes de terror norte-americanos não convenceram os grandes apreciadores do género porque, no fundo, não passam de cópias baratas de filmes estrangeiros que fizeram um grande sucesso no circuito independente. Mas não podemos acusar os grandes gigantes do cinema de uma completa falta de imaginação porque, ocasionalmente, alguns estúdios norte-americanos menos conceituados conseguem desencantar algumas ideias imaginativas que originam filmes de alguma qualidade que trazem um novo alento ao mercado comercial deste género. “The Strangers” é o perfeito exemplo desses excepcionais casos, um filme produzido por um estúdio lateral que aposta numa ideia relativamente nova e interessante que até é baseada em factos verídicos, algo que neste ramo significa um grande atractivo.
O filme começa por apresentar o seu final. Pode parecer estranho mas esta técnica acaba por criar um clima de suspeição e curiosidade sobre aquele cenário macabro e sangrento que é visionado pelos pequenos rapazes religiosos. Após este pequeno “preview” da cena final, o enredo leva-nos até ao dia anterior onde somos apresentados aos infelizes protagonistas James (Scott Speedman) e Kristen (Liv Tyler), um casal de namorados que, após assistirem à cerimónia de casamento dum casal amigo, decidem passar a noite na casa de férias dos pais de James. Depois de assistirmos a um momento inicialmente romântico mas posteriormente frustrante, somos confrontados com o inicio dos problemas do casal, que culminam quando três estranhos mascarados invadem a casa com claras intenções de torturar James e Kristen.



Segundo pude apurar, os factos verídicos que inspiraram Bryan Bertino a redigir este argumento, não passam de simples “Home Jackings” que ocorreram na cidade natal do cineasta e que, segundo parece, nunca tomaram as proporções sádicas e brutais que esta obra fictícia relata. É obvio que esta revelação desmistifica a história do filme e retira-lhe um pouco daquele interesse mórbido que enriquece este tipo de filmes, mas verdade seja dita que não fere de morte a sua essência.
Em "The Strangers" não existem grandes  momentos de violência explícita nem vilões psicopatas que ficarão para sempre gravados na memória dos espectadores, mas existe uma enorme e complexa armadilha psicológica, montada pelos três sádicos vilões com o intuito de pressionar e assustar o pobre casal que recorre constantemente aos seus instintos para tentar sobreviver ao pesadelo. Este jogo psicológico estende-se até aos últimos dez minutos do filme, que exibem a sangrenta consumação da vitória de um dos lados. O enredo não é brilhante e num passado recente já vimos melhor, mas temos que atribuir o devido mérito a esta obra que, sem grandes possibilidades financeiras, conseguiu criar uma simples mas enigmática onda de suspense, capaz de prender a atenção do espectador.
Apesar das limitações financeiras, Bryan Bertino conseguiu reunir um elenco bastante conhecido e maioritariamente competente. Os três vilões mascarados cumprem a sua função e Liv Tyler e Scott Speedman também apresentam uma boa prestação, algo surpreendente visto Liv Tyler não ser propriamente conhecida pelas suas grandes capacidades artísticas. “The Strangers” é um filme de baixo orçamento e relativamente original que pode satisfazer os requisitos dos espectadores que procurem um filme de terror simples mas intenso.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

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1 Comentários

  1. Quem escreve essas críticas? 3/5 estrelas? Esse filme não merece nem meia estrela, please. Não percam seus tempos assistindo isso, beijoss

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