Crítica - Journey to the Center of the Earth 3D (2008)

Realizado por Eric Brevig
Com Brendan Fraser, Josh Hutcherson, Anita Briem

“Journey to the Center of the Earth 3D” é um filme de aventura inspirado na homónima obra-prima de Julio Verme, que ainda hoje continua a cativar os fãs de histórias de ficção. Esta obra cinematográfica, realizada pelo mestre dos efeitos especiais Eric Brevig, tem a particularidade de utilizar a mais recente tecnologia 3D que lhe permite, entre outras coisas, aproximar o espectador da acção à medida que este rejubila com os vibrantes e animados cenários que rodeiam os protagonistas.
O filme começa por apresentar o catedrático professor Trevor Anderson (Brendan Fraser), que juntamente com o seu irmão Max explorava e analisava os mais interessantes territórios geológicos da Terra, contudo tudo mudou no dia em que Max desapareceu sem deixar rasto quando efectuava uma pesquisa na Islândia. Dez anos mais tarde, Trevor e o seu sobrinho, Sean (Josh Hutcherson), acompanhados pela bela guia turística Hannah (Anita Briem), visitam o topo da montanha na qual Max desapareceu, contudo as coisas não correm como planeado e o trio vê-se inesperadamente preso numa escura e misteriosa gruta. O grupo decide então procurar uma saída nas profundezas da gruta mas há medida que os exploradores se aproximam do centro da Terra, vão-se deparando com criaturas surreais que incluem plantas que comem pessoas, piranhas voadoras, pássaros incandescentes e terríveis dinossauros do passado, no entanto os expedicionários têm que enfrentar outro problema quando se apercebem que a actividade vulcânica à sua volta está a aumentar o que poderá acarretar graves e mortais consequências.
O verdadeiro potencial da obra é demonstrado na sua versão 3D, já que é a utilização desta inovadora tecnologia que torna o filme tão especial e diferente de outras obras de aventura, contudo esta tecnologia ainda não se aproxima do seu verdadeiro potencial e acredito que só daqui a alguns anos é que veremos uma longa-metragem que use a 100% todas as potencialidades da imagem a três dimensões. Infelizmente, se retiramos o facto de utilizar uma tecnologia inovadora, este filme  fica bastante despido de pontos positivos. O argumento, apesar de ser baseado numa obra-prima da literatura, é bastante vazio e superficial e, à medida que o filme se desenvolve, a sua história vai-se perdendo pelo meio dos efeitos especiais e dos vibrantes cenários que dão vida a uma obra que sem eles se tornaria bastante aborrecida e deprimente. Também na caracterização/construção das personagens e na elaboração de diálogos, o argumento apresenta graves lacunas que acabam por prejudicar a performance do elenco que não conseguiu alcançar mais do que uma interpretação medíocre. Em suma, seja em 3D ou em 2D, “Journey to the Center of the Earth 3D” é um filme de aventura bastante medíocre que poderá agradar a um público pouco exigente que procura um simples e divertido filme do género, contudo se procura uma obra ao nível de “Indiana Jones” deverá optar por outros títulos.

Classificação - 2 Estrelas Em 5

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