Crítica - Meet The Spartans (2008)


Realizado por Jason Friedberg, Aaron Seltzer
Com Sean Maguire, Carmen Electra, Ken Davitian, Kevin Sorbo, Diedrich Bader

Tal como “Epic Movie” ou “Scary Movie”, “Meet The Spartans” é uma paródia e como tal o único propósito que tem é fazer troça de alguns filmes de Hollywood e de algumas situações caricatas que envolvem personalidades do mundo do espectáculo de forma a obter uma “comédia” jocosa, que possa entreter ao máximo um espectador que não gosta de cinema mas que goste de humor. Na minha modesta opinião, as paródias são o pior género que poderia ter sido inventado por Hollywood, no fundo não passam de sketches humorísticos alargados que não oferecem nada ao mundo do cinema. Como já referi, o seu único objectivo é gozar com a indústria cinematográfica e com algumas celebridades internacionais. Apelidar as paródias como uma forma de comédia é, na minha opinião, denegrir a já frágil reputação das comédias. Estas ainda oferecem um entretenimento de qualidade, na maior parte dos casos, com histórias com princípio, meio e fim que normalmente contam com a colaboração de vários profissionais consagrados de vários ramos. As paródias limitam-se a montar uma história contendo o máximo de situações jocosas, não se preocupando com coisas básicas e fundamentais como a estrutura.
Este “Meet The Spartans” é principalmente uma paródia do filme “300”, contudo reúne várias mini-paródias de outros filmes como “Transformers” ou “Ghost Rider” e de várias celebridades como Britney Spears ou Paris Hilton. Mas a obra escrita por Frank Miller é aquela que sofre um ataque mais directo e profundo. Praticamente todas as cenas/situações do filme original são alvo de um tratamento jocoso por parte da equipa liderada por Friedberg e Seltzer, desde insinuações à homossexualidade das personagens ao gozo das técnicas utilizadas pela equipa técnica de “300”. Na minha opinião, construir um filme com o único propósito de gozar com outros profissionais de entretenimento é verdadeiramente inútil para o mundo da sétima arte, assim sendo, considerar “Meet The Spartans” e outras obras do género um filme é insultar os princípios fundamentais que fizeram desta industria a potência que é hoje.
O elenco limita-se a cumprir com o (fraquíssimo) guião que lhes foi dado. Nenhum dos actores mostra grande qualidade, algo que já é de esperar porque mais uma vez o que não interessa neste tipo de filmes é qualidade. No fundo, “Meet The Spartans” não tem nada de minimamente razoável. Com oitenta minutos de duração, o filme não consegue oferecer nada que interesse a um fã de cinema. Uma obra sem qualidade que, apesar de tudo, liderou o Box Office na América e quase de certeza vai liderar as bilheteiras nacionais, um facto que me entristece muito já que “rouba” o mérito a todas as outras obras que estejam em exibição e que certamente têm mais qualidade que “Meet The Spartans” e, verdade seja dita, não é preciso muito para que isso aconteça.

Classificação - 0 Estrelas Em 5

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2 Comentários

  1. Estou contigo, paródias são um género completamente desnecessário. Pelo menos a mim não me fazem rir nem um bocadinho, não vi o Meet the Spartans mas vi dois Scary Movies e simplesmente não achei piada nenhuma.

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  2. Nem faço intenções de ver

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